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ÍNDIA E AS EXPORTAÇÕES DE AÇÚCAR: RESTRIÇÃO E RUMORES MEXEM NAS COTAÇÕES DO ADOÇANTE

A Índia planeja restringir as exportações de açúcar pela primeira vez em seis anos para evitar um aumento nos preços domésticos, e pode limitar os embarques desta temporada a 8 milhões de toneladas, disseram fontes do governo e da indústria à Reuters.

Um anúncio pode vir no início do próximo mês, disseram eles.

As ações dos fabricantes de açúcar caíram com a notícia, com a Dhampur Sugar Mills e Balrampur Chini recuando 5%, e as da Dwarikesh Sugar perdendo 6%.

"A produção de açúcar será um recorde, mas os estoques estão se esgotando rapidamente por causa das exportações. As exportações descontroladas podem criar escassez e os preços locais podem disparar durante a época festiva", disse um alto funcionário do governo com conhecimento do assunto que pediu para não ser identificado.

Duas das três fontes disseram que o governo planejou um limite de 8 milhões, enquanto uma autoridade disse que o país também está explorando a opção de uma taxa sobre as exportações para desencorajar as vendas no exterior.

O Ministério do Comércio e Indústria da Índia não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

Um limite de 8 milhões de toneladas para o ano de comercialização até o final de setembro pode resultar em uma proibição efetiva para as exportações a partir de maio, já que os negociantes dizem que as usinas já contrataram a exportação de 7 milhões de toneladas até agora.

Com base nos acordos de março para cerca de 1 milhão de toneladas de exportações, eles estimam que as usinas possam assinar contratos para mais 1 milhão de toneladas em abril, depois que os preços globais do açúcar branco saltaram para uma máxima de 5 anos na quinta-feira.

A menor produção no principal produtor, o Brasil, e os preços firmes do petróleo, que incentivam as usinas a produzir mais etanol à base de cana-de-açúcar, estimularam ganhos de preços globais.

As restrições às exportações da Índia, o segundo maior exportador de açúcar do mundo, provavelmente elevariam ainda mais os preços.

Projeções anteriores estimavam que os estoques domésticos de açúcar a partir de 1º de outubro poderiam cair para uma mínima de cinco anos de 6,8 milhões de toneladas devido às exportações recordes, mas essas previsões agora parecem otimistas após o aumento dos preços globais do açúcar.

"Nova Délhi busca começar a nova temporada com estoque inicial de 6 a 7 milhões de toneladas, o que é suficiente para atender a demanda do trimestre de dezembro", disse um funcionário do setor.

A demanda geralmente aumenta durante o trimestre de dezembro devido a casamentos e festivais como Diwali e Dussehra. Qualquer restrição às exportações de açúcar seria a primeira desde que a Índia impôs um imposto de 20% em 2016 e representaria uma reviravolta para um governo que até o ano passado estava fornecendo subsídios para usinas que lutavam para fazer pagamentos de cana aos agricultores devido aos estoques recordes.

Mas as exportações abundantes de mais de 14 milhões de toneladas em dois anos agora significam que as prioridades de Nova Délhi passaram a produzir açúcar suficiente para atender à demanda local.

"A política do governo é clara. Produza açúcar suficiente para atender à demanda local e produza o máximo possível de etanol com o excedente de cana-de-açúcar. Não confie nas exportações, pois os preços globais são voláteis", disse um formulador de políticas que não quis ser identificado.

O governo também está naturalmente preocupado com a inflação dos alimentos, já que os preços de commodities essenciais, como óleos comestíveis e grãos, estão subindo após a invasão da Ucrânia pela Rússia, disse um comerciante de Mumbai de uma empresa de comércio global.

FONTE: Reuters
Texto extraído do portal Brasilagro

 

RUMORES DE QUE A ÍNDIA VAI LIMITAR EXPORTAÇÕES IMPULSIONAM COTAÇÕES DO AÇÚCAR

 

Foto Notícia

Rumores de que a Índia, a segunda maior produtora mundial de açúcar, atrás apenas do Brasil, pode limitar as exportações da commodity no atual ano comercial favoreceram uma forte alta nas cotações do açúcar nas bolsas internacionais na última sexta-feira (25).

Em Londres, na ICE Futures Europe, as cotações do açúcar branco fecharam no maior patamar em cinco anos. O lote maio/22 foi contratado na sexta a US$ 562,70 a tonelada, valorização de 12,10 dólares no comparativo com a véspera. Já a tela agosto/22 subiu 11,80 dólares, negociada a US$ 547,00 a tonelada. As demais telas subiram entre 3,50 e 8,60 dólares.

"O potencial teto de exportação da Índia de 8 milhões de toneladas para o ano até o final de setembro pode resultar em uma proibição efetiva para as exportações a partir de maio, já que operadores dizem que as usinas já contrataram exportação de 7 milhões de toneladas até agora", destacou a Reuters.

Nova York

Em Nova York, na ICE Futures, a sexta-feira também foi de alta em todos os lotes do açúcar bruto. O vencimento maio/22 foi contratado a 19,61 centavos de dólar por libra-peso, valorização de 35 pontos no comparativo com a véspera. Já a tela julho/22 subiu 27 pontos, negociada a 19,46 cts/lb. Os demais contratos subiram entre 17 e 27 pontos.

Mercado doméstico

No mercado interno a sexta-feira também foi de alta nas cotações do açúcar cristal medidas pelo Cepea/Esalq, da USP. A saca de 50 quilos foi negociada a R$ 140,00 contra R$ 139,37 da véspera, valorização de 0,45% no comparativo.

Rogerio Mian

Fonte: Agência UDOP de Notícias

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