NOTÍCIAS

ETANOL: ARBITRAGEM É DESFAVORÁVEL PARA IMPORTAÇÃO, MESMO COM TARIFA ZERADA, DIZ NASTARI

Mesmo com o tributo de importação de etanol zerado, a paridade continua desfavorável para a importação do biocombustível, afirma o presidente da consultoria Datagro, Plínio Nastari. "Achamos que mesmo com a tarifa zerada, a arbitragem de importação é de 8% a 10% maior do que o preço do mercado interno", disse ele. Nastari lembrou ainda que, sazonalmente, os preços do álcool já tendem a cair nesta época do ano em razão da chegada da nova safra de cana-de-açúcar no Centro-Sul do Brasil.

O preço internacional do biocombustível é determinado principalmente pelas cotações do milho e especialmente da gasolina nos Estados Unidos, o outro grande produtor global de etanol. No momento, ambas estão elevadas.

"A arbitragem deve continuar negativa para importação nos próximos meses. O preço ao produtor vai cair, e espero que também caia ao consumidor, mas não porque a tarifa foi zerada e sim por causa da próxima safra", disse Nastari. O recuo não pode ser grande demais, porém, para não haver risco de falta de oferta. "Caindo muito o preço, o consumo aumenta e corre risco de desabastecimento. É preciso haver um equilíbrio de preços porque com o preço muito baixo no mercado interno, a importação também é inviabilizada. Fica sem solução."

Ele chama a atenção para o tempo que uma eventual queda de preços do biocombustível na usina levará para chegar até a bomba. "Quando o preço cai, a observação é que se leva um tempo considerável para transmitir ao consumidor. E quando sobe, a transmissão é quase imediata."

No caso do açúcar, cuja tarifa de importação também foi zerada, Nastari lembra que o Brasil é o maior exportador mundial, e que tem o menor custo de produção. "Ninguém vai começar a importar por ter zerado a tarifa de importação, assim como ninguém deixou de importar porque a tarifa era de 16%."

 

Fonte: Broadcast

Bayer
BASF
Copercana
Usina Coruripe
Cocred
Patrocinío Master
Canacampo
Siamig
Agência
Realização