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PROGRAMA DE ETANOL DA ÍNDIA TERÁ MAIOR CONTRIBUIÇÃO DE GRÃOS, DIZ ADIDO DO USDA

O programa indiano de aumento da mistura do etanol à gasolina, que pretende elevar o percentual para 20% até 2025, deverá contar, daqui para frente, com maior contribuição do biocombustível feito a partir de grãos - especialmente de milho -, e não apenas daquele feito de açúcar e melaço da cana.

Em relatório, o adido agrícola do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) na Índia, Ankit Chandra, ressalta que Nova Déli demonstrou seu apoio, no ano passado, para que sejam construídas 196 novas destilarias de grãos no país. Se os projetos forem concretizados, representará um aumento de capacidade de 8,59 bilhões de litros.

Algumas dezenas desses projetos de etanol produzido a partir de grãos já receberam sinal verde em Maharashtra, Uttar Pradesh, Chhattisgarh, Bihar, Odisha e West Bengal. Nesses Estados, são 110 os projetos mapeados, com capacidade adicional de mais de 3 bilhões de litros.

Já os novos projetos para a construção de destilarias de etanol a partir de açúcar e melaço de cana são em menor número. O governo indiano aprovou a construção de 70 a 75 novas destilarias de etanol a partir dos derivados da cana, que deverão agregar uma capacidade de 1,88 bilhão de litros de produção.

O etanol de derivados da cana ainda representa a maior parte da capacidade instalada de produção do bicombustível. Segundo o escritório do USDA, as 239 destilarias de etanol de cana na Índia têm capacidade de produzir até 5,25 bilhões de litros. Já as 113 destilarias de etanol a partir de grãos têm capacidade para produzir 2,58 bilhões de litros, sendo que a maior parte produz álcool para bebida alcoólica, o que implica uma capacidade de produção de etanol para combustíveis a partir de grãos de 750 milhões de litros atualmente.

Porém, a depender do impulso do governo para as novas indústrias, o etanol de grãos pode se sobrepor ao etanol de derivados da cana.

Por enquanto, o teor de mistura de etanol na gasolina ainda está aquém do objetivo para 2025. No exercício 2021 (contado de dezembro de 2020 até novembro do ano passado), a mistura média ficou em 8,1% — o que já foi um recorde.

Em 2 de fevereiro, o governo decidiu impor uma tarifa sobre os combustíveis que não são misturados, como forma de incentivar a mistura com biocombustíveis, e que será válida a partir de outubro. A Índia também vem adotando outras medidas para estimular a construção de mais destilarias, como a flexibilizando as exigências de avaliação ambiental para a construção de indústrias e subsídios para as taxas de juros.

O adido agrícola ressaltou, ainda, que uma das consequências da diversificação das matérias-primas para a produção de etanol deve ser o aumento da demanda por grãos.

Fonte: Valor Econômico

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